quinta-feira, 26 de abril de 2012

Qualidade de Vida


Qualidade - Superioridade, excelência em qualquer coisa: preferir a qualidade à quantidade. Aptidão, disposição favorável: este menino tem qualidades. Homem de qualidade, homem de origem nobre.

Vida - Conjunto de condições (habitação, alimentação, vestuário etc.) socialmente necessárias à preservação do homem: a vida está cara.

Qualidade de vida é o método usado para medir as condições da vida de um ser humano. Envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida. Não deve ser confundido com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.

Português Europeu / Português Brasileiro


adepto (PE) / torcedor (PB)
adesivo, penso-rápido (PE)/ esparadrapo, bandeide (PB)
agrafador (PE) / grampeador (PB)
aguarela (PE) / aquarela (PB)
alforreca (PE) / água-viva (PB)
apelido (PE) / sobrenome, alcunha (PB)
Em Portugal 'alcunha' é idêntico a cognome, epíteto. 'Apelido' é geralmente associado ao último nome, o nome de família
atacador (PE) / cadarço (PB)
atendedor de chamadas (PE) / secretária eletrônica (PB)
aterragem (PE) / aterrissagem (PB)
auscultadores, auriculares (PE) / fones de ouvido (PB)
autocarro (PE)/ ônibus (PB)
bairro-de-lata (PE) / favela (PB)
barbatanas (PE) / nadadeiras, pé-de-pato (PB)
betão (PE) / concreto (PB)
biberão (PE) / mamadeira (PB)
bica (em Lisboa), café, cimbalino (nalguns cafés do Porto) (PE) / cafézinho (PB)
blusão (PE) / jaqueta, blusão (PB)
boleia (PE) / carona (PB)
brócolo (PE) / brócoli (PB)
café (PE) / bar, lanchonete (PB)
calções de banho (PE) / calção de banho, sunga (PB)
camião (PE) / caminhão (PB)
caminho-de-ferro (PE) / ferrovia (PB)
canadiano (PE) / canadense (PB)
carrinha (PE) / perua, van (PB)
carro descapotável, cabriolet (PE) / carro conversível (PB)
carta de condução (PE) / carteira, carta de motorista (PB)
casa de banho, quarto de banho (PE) / banheiro (PB)
comboio (PE) / trem (PB)
cuecas (PE) / calcinha (PB)
fato (PE) / terno (PB)
facto (PE) / fato (PB)
fato-de-banho (PE) / maiô (PB)
ficheiro (PE) / arquivo (PB)
fixe (PE) / legal, massa, "da hora", sinistro (PB)
frigorífico (PE) / refrigerador (PB)
golo (PE) / gol (PB)
giro (PE) / interessante, bonito, engraçado (PE/PB)
hospedeira (PE) / aeromoça (PB)
miúdo, p.uto (PE) / criança (PE/PB)
pastilha elástica (PE) / chiclete (PB)
pôr no correio (correspondência), enviar (PE) / postar (PB)
salva-vidas, nadador-salvador, banheiro (PE) / salva-vidas; No Brasil, banheiro é uma casa de banho (PB)
sumo (PE) / suco (PB)
telemóvel (PE) / celular (PB)

Sá de Miranda


Nome: Francisco Sá de Miranda
Nascimento: 28-8-1481, Coimbra
Morte: c. de 1558

             Francisco Sá de Miranda nasceu em 28 de Agosto de 1481 na cidade de Coimbra. Filho de Gonçalo Mendes de Sá e de Inês de Melo, frequentou, talvez influenciado pelo pai, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que ministrava, de acordo com a formação humanista da época, o ensino das línguas latina e grega. Formou-se em Direito, na Universidade de Lisboa e frequentou os serões da corte, começando, então, a escrever cantigas, esparsas e vilancetes que, mais tarde, foram inseridos no Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende.
Desejoso de conhecer in loco as fontes renascentistas, viajou em 1521 para Milão, Veneza e Roma, tendo aí vivido cerca de cinco anos. Habituado a um ambiente "fechado" e tradicionalista, ficou impressionado e mesmo revoltado com a dissolução dos costumes destas cidades, envolvidas pelos ares da modernidade. Aqui conviveu com grandes vultos das novas mentalidades da renascença, nomeadamente o cardeal Bembo Sannazzaro, grande nome da literatura da época, e Ariosto. Em 1526, de passagem por Espanha, conheceu Boscan e Gracilaso.
            Regressando a Portugal, entre 1526 e 1527, continuou a manter contactos frequentes com a corte, agora instalada em Coimbra. No entanto, quatro anos mais tarde, retira-se da cidade e recolhe-se na Comenda de Duas Igrejas concedida pelo Estado, onde passará a viver com os bens resultantes da herança paterna. Casando em 1530 com D. Briolanja de Azevedo, ali vive cerca de 20 anos, durante os quais contacta com fidalgos e amigos escritores, que marcaram profundamente a sua criação literária.
            Mais tarde, em 1552, com as terras adquiridas no conselho de Amares, constitui a Quinta da Tapada, onde recebe a notícia da morte de alguns entes queridos, nomeadamente de seu filho Gonçalo Mendes de Sá, tombado na luta contra os Mouros, em Ceuta, de sua mulher, em 1555, do príncipe D. João (pai de D. Sebastião), do infante D. Luís (filho de D. Manuel) e de D. João III.
Integrado na corrente humanista, Sá de Miranda é conhecido por introduzir novas formas literárias, nomeadamente a medida nova - decassílabo - e a comédia em prosa, e pelo valores morais que defendeu.
              Morre em 1558, com cerca de 80 anos, depois de uma vida dedicada às Letras, das quais fez um permanente veículo de intervenção social e literária.

Mumificação


Introdução

De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
O processo de mumificação

O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:

1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.

2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.

3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.

4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.

Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam.

Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.

Curiosidades:

- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.
- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo. 

Monteiro Lobato



O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes.
Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência. 

Mito e Lenda



Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, o fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade.

1) narrativa fabulosa transmitida pela tradição, referente a deuses que encarnam simbolicamente as forças da natureza, os aspectos da condição humana;
2) narração dos tempos fabulosos ou heróicos;
3) tradição que, sob a forma de alegoria, simboliza um fato natural, histórico ou filosófico;
4) construção pura do espírito;
5) expressão de uma idéia, doutrina ou teoria filosófica sob forma imaginativa onde a fantasia sugere e simboliza a verdade que se pretende transmitir;
6) representação idealizada de um estádio da humanidade num passado ou num futuro fictício;
7) imagem simplificada, frequentemente ilusória, que grupos humanos elaboram ou aceitam e que tem um papel determinante no seu comportamento;
8) coisa inacreditável, irreal;
9) fábula;
10) utopia;
11) símbolo;
12) enigma.


           Lendas - são história que apesar de se tratarem de algo inventado tem um fundo histórico. Por exemplo, as lendas urbanas. São histórias do cotidiano moderno envolvendo pessoas, situações da vida real, onde muitas vezes alguns pormenores em cada lenda serem desconhecidos acabam influenciando os que apenas ouviram dizer. Devemos considerar que lenda não significa mentira, e nem verdade absoluta, o que podemos e devemos deduzir é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo um pouco de fatos verídicos. Muitos historiadores, pesquisadores, folcloristas, e outros profissionais que estudam Sociedades, tendem a afirmar que lendas são apenas frutos da imaginação popular.

1) tradição oral ou narrativa escrita de atos praticados por santos ou heróis, conforme a fantasia popular;
2) conto;
3) mentira;
4) patranha;
5) invenção.


Narciso


Quando Narciso nasceu, sua mãe, uma ninfa belíssima, consultou o adivinho Tirésias para saber se aquele filho de extraordinária beleza viveria até o fim de uma longa velhice. Pareceram sem sentido as suas palavras:
— Sim, se ele não chegar a se conhecer.
Narciso cresceu, sempre formoso. Jovem, muitas moças e ninfas queriam o seu amor, mas o rapaz desprezava a todas.
Um dia, Narciso caçava na floresta quando a ninfa Eco o viu. Eco, por causa de uma punição que Hera lhe infligira, só era capaz de usar da voz para repetir os sons das palavras dos outros. Ao se deparar com a beleza de Narciso, a ninfa se apaixonou por ele e se pôs a segui-lo. Quando resolveu manifestar o seu amor, abraçando-o, Narciso a repeliu. Desprezada e envergonhada, Eco se escondeu nos bosques com o rosto coberto de folhagens. O amor não correspondido a foi consumindo pouco a pouco, até que, depois de reduzida a pele e osso, seu corpo se dissipou nos ares. Restou-lhe, apenas, a voz e os ossos, que, segundo dizem, tomaram a forma de pedras.
Um dia, uma das muitas jovens desprezadas por
Narciso, erguendo as mãos para o céu, disse:
— Que Narciso ame também com a mesma
Narciso imóvel como uma estátua, contemplando seus próprios olhos, seus cabelos dignos de Dioniso
intensidade sem poder possuir a pessoa amada!
Nêmesis, a divindade punidora do crime e das
más ações, escutou esse pedido e o satisfez.
Havia uma fonte límpida, de águas prateadas e cristalinas, de que jamais homem, animal ou pássaro algum se tinham aproximado. Narciso, cansado pelo esforço da caça, foi descansar por ali. Ao se inclinar para beber da água da fonte, viu, de repente, sua imagem refletida na água e encantou-se com a visão. Fascinado, quedou ou Apolo, suas faces lisas, seu pescoço de marfim, a beleza de seus lábios e o rubor que cobria de vermelho o rosto de neve. Apaixonou- se por si mesmo, sem saber que aquela imagem era a sua, refletida no espelho das águas.
Nada conseguia arrancar Narciso da contemplação, nem fome, nem sede, nem sono. Várias vezes lançou os braços dentro da água para tentar inutilmente reter com um abraço aquele ser encantador. Chegou a derramar lágrimas, que iam turvar a imagem refletida. Desesperado e quase sem forças, foram estas suas últimas palavras:
— Ah!, menino amado por mim inutilmente!
Adeus!
O lugar em que estava fez ecoar o que dissera. E quando proferiu “Adeus!”, Eco também disse “Adeus!”.