quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cantigas de roda

Cantigas de roda

Cantigas de Roda é um tipo de canção popular, que está diretamente relacionada com a brincadeira de roda. A prática é comum em todo o Brasil e faz parte do folclore brasileiro. Consiste em formar um grupo com várias crianças, dar as mãos e cantar uma música com características próprias, como melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e geralmente com coreografias.

Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico. Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.

Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo, a letra. Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira. Muitas vezes fala da vida dos animais, usando episódios fictícios, que comparam a realidade humana com a realidade daquela espécie, fazendo com que a atenção da criança fique presa à história contada pela música, o que estimula sua imaginação e memória. São os casos das músicas “A barata diz que tem” e “Peixe vivo”.

Não há como detectar o momento em que as cantigas de roda, já que além de terem autoria anônima, são continuamente modificadas, adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as canta. São também criadas novas cantigas naturalmente em qualquer grupo social.

Como podemos confirmar é de acordo com a sua utilização pelas crianças que a cantiga vai se tornando popular. As cantigas hoje conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente de Portugal e Espanha. Não é notável, porém, esta origem, pois as mesmas já se adaptaram tanto ao folclore brasileiro que são o retrato do país.

Samba Lelê

Samba Lelê está doente

Está com a cabeça quebrada

Samba Lelê precisava

De umas dezoito lambadas

Samba , samba, Samba ô Lelê

Pisa na barra da saia ô Lalá (BIS)

Ó Morena bonita,

Como é que se namora?

Põe o lencinho no bolso

Deixa a pontinha de fora

Ó Morena bonita

Como é que se casa

Põe o véu na cabeça

Depois dá o fora de casa

Ó Morena bonita

Como é que cozinha

Bota a panela no fogo

Vai conversar com a vizinha

Ó Morena bonita

Onde é que você mora

Moro na Praia Formosa

Digo adeus e vou embora

Novelas de Cavalaria

Novelas de cavalaria

As novelas de cavalaria surgiram derivadas de canções de gesta e de poemas épicos medievais, durante o trovadorismo, são narrativas ficcionais de acontecimentos históricos, relatos de combate e aventuras de cavaleiros medievais enfrentando provações físicas e morais em nome da honra e do amor.


Refletiam os ideais da nobreza feudal: o espírito cavalheiresco, a fidelidade, a coragem, o amor servil, mas estavam também impregnadas de elementos da mitologia céltica. A história mais conhecida é A Demanda do Santo Graal, a qual reúne dois elementos fundamentais da Idade Média quando coloca a Cavalaria a serviço da Religiosidade. Outras novelas que também merecem destaque são "José de Arimatéia" e "Amadis de Gaula".

Tipos de Rima

Tipos de rima

Classificação quanto a

Tipos de rima

Posição no Verso

Interna ou externa

Semelhança de letras

Consoantes – rimam consoantes e vogais
Toante – rima apenas a vogal tônica

Distribuição ao longo do poema

Cruzadas – ABABAB
Emparelhadas – AA BB CC
Interpoladas – A ............... A
Misturadas

Categoria gramatical

Pobres (mesma categoria gramatical)
Ricas (categoria gramatical diferente)

Extensão dos sons que rimam

Pobres (identidade da vogal tônica em
diante)
Ricas (identidade desde antes da vogal
tônica)

Posição no verso

  • Externa - Quando a rima aparece ao final do verso. É o tipo mais comum de rima.

Lembranças, que lembrais meu bem passado

Para que sinta mais o mal presente
Deixai-me se quereis viver contente
Não me deixeis morrer neste estado

(Lembranças, que lembrais meu bem passado, Thiago Augusto Cardoso da Silva)

Posição na estrofe

  • Cruzada ou alternada: O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto .

Minha desgraça não é ser poeta,

Nem na terra de amor não ter um eco,
É meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco

(Minha Desgraça, Álvares de Azevedo)

  • Interpolada ou intercalada: Frequentemente usada em sonetos, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro .

Eu, filho do carbono e do amoníaco,

Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco

(Psicologia de um Vencido, Augusto dos Anjos)

  • Emparelhada: O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto .

Aos que me dão lugar no bonde

e que conheço não sei de onde,
aos que me dizem terno adeus
sem que lhes saiba os nomes seus

(Obrigado, Carlos Drummond de Andrade)

  • Encadeada ou internas: Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:

Anjo sem pátria, branca fada errante,

Perto ou distante que de mim tu vás,

Há-de seguir-te uma saudade infinda,

Hebreia linda, que dormindo estás.

  • Misturadas: Não tem ordem determinada entre as rimas.

A chuva chove mansamente... como um sono

Que tranqüilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
...Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais

(A Chuva Chove, Cecília Meireles)

  • Versos brancos ou soltos: São os versos que não tem rima

A rosa com cirrose

A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

(Rosa de Hiroshima, Vinícius de Moraes)