quinta-feira, 26 de abril de 2012

Qualidade de Vida


Qualidade - Superioridade, excelência em qualquer coisa: preferir a qualidade à quantidade. Aptidão, disposição favorável: este menino tem qualidades. Homem de qualidade, homem de origem nobre.

Vida - Conjunto de condições (habitação, alimentação, vestuário etc.) socialmente necessárias à preservação do homem: a vida está cara.

Qualidade de vida é o método usado para medir as condições da vida de um ser humano. Envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida. Não deve ser confundido com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.

Português Europeu / Português Brasileiro


adepto (PE) / torcedor (PB)
adesivo, penso-rápido (PE)/ esparadrapo, bandeide (PB)
agrafador (PE) / grampeador (PB)
aguarela (PE) / aquarela (PB)
alforreca (PE) / água-viva (PB)
apelido (PE) / sobrenome, alcunha (PB)
Em Portugal 'alcunha' é idêntico a cognome, epíteto. 'Apelido' é geralmente associado ao último nome, o nome de família
atacador (PE) / cadarço (PB)
atendedor de chamadas (PE) / secretária eletrônica (PB)
aterragem (PE) / aterrissagem (PB)
auscultadores, auriculares (PE) / fones de ouvido (PB)
autocarro (PE)/ ônibus (PB)
bairro-de-lata (PE) / favela (PB)
barbatanas (PE) / nadadeiras, pé-de-pato (PB)
betão (PE) / concreto (PB)
biberão (PE) / mamadeira (PB)
bica (em Lisboa), café, cimbalino (nalguns cafés do Porto) (PE) / cafézinho (PB)
blusão (PE) / jaqueta, blusão (PB)
boleia (PE) / carona (PB)
brócolo (PE) / brócoli (PB)
café (PE) / bar, lanchonete (PB)
calções de banho (PE) / calção de banho, sunga (PB)
camião (PE) / caminhão (PB)
caminho-de-ferro (PE) / ferrovia (PB)
canadiano (PE) / canadense (PB)
carrinha (PE) / perua, van (PB)
carro descapotável, cabriolet (PE) / carro conversível (PB)
carta de condução (PE) / carteira, carta de motorista (PB)
casa de banho, quarto de banho (PE) / banheiro (PB)
comboio (PE) / trem (PB)
cuecas (PE) / calcinha (PB)
fato (PE) / terno (PB)
facto (PE) / fato (PB)
fato-de-banho (PE) / maiô (PB)
ficheiro (PE) / arquivo (PB)
fixe (PE) / legal, massa, "da hora", sinistro (PB)
frigorífico (PE) / refrigerador (PB)
golo (PE) / gol (PB)
giro (PE) / interessante, bonito, engraçado (PE/PB)
hospedeira (PE) / aeromoça (PB)
miúdo, p.uto (PE) / criança (PE/PB)
pastilha elástica (PE) / chiclete (PB)
pôr no correio (correspondência), enviar (PE) / postar (PB)
salva-vidas, nadador-salvador, banheiro (PE) / salva-vidas; No Brasil, banheiro é uma casa de banho (PB)
sumo (PE) / suco (PB)
telemóvel (PE) / celular (PB)

Sá de Miranda


Nome: Francisco Sá de Miranda
Nascimento: 28-8-1481, Coimbra
Morte: c. de 1558

             Francisco Sá de Miranda nasceu em 28 de Agosto de 1481 na cidade de Coimbra. Filho de Gonçalo Mendes de Sá e de Inês de Melo, frequentou, talvez influenciado pelo pai, o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra que ministrava, de acordo com a formação humanista da época, o ensino das línguas latina e grega. Formou-se em Direito, na Universidade de Lisboa e frequentou os serões da corte, começando, então, a escrever cantigas, esparsas e vilancetes que, mais tarde, foram inseridos no Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende.
Desejoso de conhecer in loco as fontes renascentistas, viajou em 1521 para Milão, Veneza e Roma, tendo aí vivido cerca de cinco anos. Habituado a um ambiente "fechado" e tradicionalista, ficou impressionado e mesmo revoltado com a dissolução dos costumes destas cidades, envolvidas pelos ares da modernidade. Aqui conviveu com grandes vultos das novas mentalidades da renascença, nomeadamente o cardeal Bembo Sannazzaro, grande nome da literatura da época, e Ariosto. Em 1526, de passagem por Espanha, conheceu Boscan e Gracilaso.
            Regressando a Portugal, entre 1526 e 1527, continuou a manter contactos frequentes com a corte, agora instalada em Coimbra. No entanto, quatro anos mais tarde, retira-se da cidade e recolhe-se na Comenda de Duas Igrejas concedida pelo Estado, onde passará a viver com os bens resultantes da herança paterna. Casando em 1530 com D. Briolanja de Azevedo, ali vive cerca de 20 anos, durante os quais contacta com fidalgos e amigos escritores, que marcaram profundamente a sua criação literária.
            Mais tarde, em 1552, com as terras adquiridas no conselho de Amares, constitui a Quinta da Tapada, onde recebe a notícia da morte de alguns entes queridos, nomeadamente de seu filho Gonçalo Mendes de Sá, tombado na luta contra os Mouros, em Ceuta, de sua mulher, em 1555, do príncipe D. João (pai de D. Sebastião), do infante D. Luís (filho de D. Manuel) e de D. João III.
Integrado na corrente humanista, Sá de Miranda é conhecido por introduzir novas formas literárias, nomeadamente a medida nova - decassílabo - e a comédia em prosa, e pelo valores morais que defendeu.
              Morre em 1558, com cerca de 80 anos, depois de uma vida dedicada às Letras, das quais fez um permanente veículo de intervenção social e literária.

Mumificação


Introdução

De acordo com a religião egípcia, a alma da pessoa necessitava de um corpo para a vida após a morte. Portanto, devia-se preservar este corpo para que ele recebesse de forma adequada a alma. Preocupados com esta questão, os egípcios desenvolveram um complexo sistema de mumificação.
O processo de mumificação

O processo era realizado por especialistas em mumificação e seguia as seguintes etapas:

1º - O cadáver era aberto na região do abdômen e retirava-se as víceras (fígado, coração, rins, intestinos, estômago, etc. O coração e outros órgãos eram colocados em recipientes a parte. O cérebro também era extraído. Para tanto, aplicava-se uma espécie de ácido pelas narinas, esperando o cérebro derreter. Após o derretimento, retirava-se pelos mesmos orifícios os pedaços de cérebro com uma espátula de metal.

2º - O corpo era colocado em um recipiente com natrão (espécie de sal) para desidratar e também matar bactérias.

3º - Após desidratado, enchia-se o corpo com serragem. Aplicava-se também alguns “perfumes” e outras substâncias para conservar o corpo. Textos sagrados eram colocados dentro do corpo.

4º - O corpo era envolvido em faixas de linho branco, sendo que amuletos eram colocados entre estas faixas.

Após a múmia estar finalizada, era colocada dentro de um sarcófago, que seria levado à pirâmide para ser protegido e conservado. O processo era tão eficiente que, muitas múmias, ficaram bem preservadas até os dias de hoje. Elas servem como importantes fontes de estudos para egiptólogos. Com o avanço dos testes químicos, hoje é possível identificar a causa da morte de faraós, doenças contraídas e, em muitos casos, até o que eles comiam.

Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos.

Curiosidades:

- Para transformar um corpo em múmia era muito caro naquela época. Portanto, apenas os faraós e sacerdotes eram mumificados.
- Alguns animais como, por exemplo, cães e gatos também foram mumificados no Egito Antigo. 

Monteiro Lobato



O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes.
Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência. 

Mito e Lenda



Um mito é uma narrativa tradicional com caráter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O mito procura explicar os principais acontecimentos da vida, o fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis (todas elas são criaturas sobrenaturais). Pode-se dizer que o mito é uma primeira tentativa de explicar a realidade.

1) narrativa fabulosa transmitida pela tradição, referente a deuses que encarnam simbolicamente as forças da natureza, os aspectos da condição humana;
2) narração dos tempos fabulosos ou heróicos;
3) tradição que, sob a forma de alegoria, simboliza um fato natural, histórico ou filosófico;
4) construção pura do espírito;
5) expressão de uma idéia, doutrina ou teoria filosófica sob forma imaginativa onde a fantasia sugere e simboliza a verdade que se pretende transmitir;
6) representação idealizada de um estádio da humanidade num passado ou num futuro fictício;
7) imagem simplificada, frequentemente ilusória, que grupos humanos elaboram ou aceitam e que tem um papel determinante no seu comportamento;
8) coisa inacreditável, irreal;
9) fábula;
10) utopia;
11) símbolo;
12) enigma.


           Lendas - são história que apesar de se tratarem de algo inventado tem um fundo histórico. Por exemplo, as lendas urbanas. São histórias do cotidiano moderno envolvendo pessoas, situações da vida real, onde muitas vezes alguns pormenores em cada lenda serem desconhecidos acabam influenciando os que apenas ouviram dizer. Devemos considerar que lenda não significa mentira, e nem verdade absoluta, o que podemos e devemos deduzir é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo um pouco de fatos verídicos. Muitos historiadores, pesquisadores, folcloristas, e outros profissionais que estudam Sociedades, tendem a afirmar que lendas são apenas frutos da imaginação popular.

1) tradição oral ou narrativa escrita de atos praticados por santos ou heróis, conforme a fantasia popular;
2) conto;
3) mentira;
4) patranha;
5) invenção.


Narciso


Quando Narciso nasceu, sua mãe, uma ninfa belíssima, consultou o adivinho Tirésias para saber se aquele filho de extraordinária beleza viveria até o fim de uma longa velhice. Pareceram sem sentido as suas palavras:
— Sim, se ele não chegar a se conhecer.
Narciso cresceu, sempre formoso. Jovem, muitas moças e ninfas queriam o seu amor, mas o rapaz desprezava a todas.
Um dia, Narciso caçava na floresta quando a ninfa Eco o viu. Eco, por causa de uma punição que Hera lhe infligira, só era capaz de usar da voz para repetir os sons das palavras dos outros. Ao se deparar com a beleza de Narciso, a ninfa se apaixonou por ele e se pôs a segui-lo. Quando resolveu manifestar o seu amor, abraçando-o, Narciso a repeliu. Desprezada e envergonhada, Eco se escondeu nos bosques com o rosto coberto de folhagens. O amor não correspondido a foi consumindo pouco a pouco, até que, depois de reduzida a pele e osso, seu corpo se dissipou nos ares. Restou-lhe, apenas, a voz e os ossos, que, segundo dizem, tomaram a forma de pedras.
Um dia, uma das muitas jovens desprezadas por
Narciso, erguendo as mãos para o céu, disse:
— Que Narciso ame também com a mesma
Narciso imóvel como uma estátua, contemplando seus próprios olhos, seus cabelos dignos de Dioniso
intensidade sem poder possuir a pessoa amada!
Nêmesis, a divindade punidora do crime e das
más ações, escutou esse pedido e o satisfez.
Havia uma fonte límpida, de águas prateadas e cristalinas, de que jamais homem, animal ou pássaro algum se tinham aproximado. Narciso, cansado pelo esforço da caça, foi descansar por ali. Ao se inclinar para beber da água da fonte, viu, de repente, sua imagem refletida na água e encantou-se com a visão. Fascinado, quedou ou Apolo, suas faces lisas, seu pescoço de marfim, a beleza de seus lábios e o rubor que cobria de vermelho o rosto de neve. Apaixonou- se por si mesmo, sem saber que aquela imagem era a sua, refletida no espelho das águas.
Nada conseguia arrancar Narciso da contemplação, nem fome, nem sede, nem sono. Várias vezes lançou os braços dentro da água para tentar inutilmente reter com um abraço aquele ser encantador. Chegou a derramar lágrimas, que iam turvar a imagem refletida. Desesperado e quase sem forças, foram estas suas últimas palavras:
— Ah!, menino amado por mim inutilmente!
Adeus!
O lugar em que estava fez ecoar o que dissera. E quando proferiu “Adeus!”, Eco também disse “Adeus!”.

Aristóteles


O Filósofo grego Aristóteles nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Seus pensamentos filosóficos e idéias sobre a humanidade tem influências significativas na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. Aristóteles é considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram também na teologia medieval da cristandade.
Biografia e linha de pensamento filosófico 
Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, voltada para o estudo das ciências naturais. Seus estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza.
O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogiametafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didático, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e a considerava uma das formas crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos.

Pensamento de Aristóteles sobre a educação:
"A educação tem raízes amargas, mas os frutos são doces". Aristóteles (D.L. 5, 18).

Platão


Biografia 
Este importante filósofo grego  nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.

Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
Idéias de Platão para a educação
Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens. 

Ricardo Reis



Heterónimo de Fernando Pessoa um poeta clássico que nasceu no Porto (1887), foi educado num colégio de jesuítas e viveu no Brasil. Crê nos deuses e nas presenças quase divinas que habitam todas as coisas, recorrendo à mitologia greco-latina. Era um médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia. O bucolismo estava presente em suas poesias. Era um defensor da monarquia e demonstrava grande interesse pela cultura latina.
Os princípios dele eram:
- Aproveitai a vida em cada dia, como caminho da felicidade;
- Buscar a felicidade com tranqüilidade;
- Não ceder aos impulsos dos instintos;
- Procurar a calma, ou pelo menos, a sua ilusão;
- Seguir o ideal ético da apatia que permite a ausência da paixão e a liberdade;
Junto com Ricardo Reis havia outro heterônimo de Fernando Pessoa, o Álvaro de Campos. Era um engenheiro português de educação inglesa. Influenciado pelo simbolismo e futurismo, apresentava certo niilismo em suas obras. 
Fernando usou em suas obras diversas autorias. Usou seu próprio nome (ortônimo) para assinar várias obras e pseudônimos (heterônimos) para assinar outras. Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidade própria e características literárias diferenciadas que eram o Ricardo Ris e o Álvaro de Campos.

CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS
-   Submissão da expressão ao conteúdo: a uma idéia perfeita corresponde uma expressão perfeita
-   Estrofes regulares de verso decassílabo alternadas ou não com hexassílabo
-   Verso branco
-   Recurso frequente à assonância, à rima interior e à aliteração.
-   Predomínio da subordinação
-   Uso frequente do hipérbato
-   Uso frequente do gerúndio e do imperativo
-   Uso de latinismos (astro, ínfero, insciente...)
-   Metáforas, eufemismos, comparações, imagens.
Estilo construído com muito rigor e muito denso
- Classicismo erudito:
                        - precisão verbal
                        - recurso à mitologia (crença e culto aos deuses)
                        - princípios de moral e da estética epicurista e estóica
                        - tranquila resignação ao destino
- Poeta Intelectual, sabe contemplar: ver intelectualmente a realidade
- Aceita a relatividade e a fugacidade das coisas
- Verdadeira sabedoria da vida é viver de forma equilibrada e serena
- Características modernas no poeta: angústia e tristeza
- Linguagem e estilo:
- privilegia a ode, o epigrama e a elegia.
- usa a inversão da ordem lógica, favorecendo o ritmo das suas idéias disciplinadas.
- estilo densamente trabalhado, de sintaxe alatinada, hipérbatos, apóstrofes, metáforas, comparações, gerúndio e imperativo.
- verso irregular e decassilábico
“Reis procura simplesmente aderir ao momento presente, gozá-lo, sem nada mais pedir.”
*”epicurista triste”- (Carpe Diem)- busca do prazer moderado a da ataraxia;
*busca do prazer relativo;
*estoicismo – aceitação calma e serena da ordem das coisas;
*moralista – pretende levar os outros a adoptar a sua filosofia de vida;
*intelectualiza as emoções;
*temática da miséria da condição humana do FATUM (destino), da velhice, da irreversibilidade da morte e da efemeridade da vida, do tempo;
*espírito grave , ansioso de perfeição;
*aceitação do Fado, da ordem natural das coisas;
Na Linguagem:
*linguagem erudita alatinada, quer no vocabulário (latinismos), quer na construção de frase (hipérbato);
*preferência pela Ode de estilo Horácio;
*irregularidade métrica;
*gosto pelo gerúndio;
*uso frequente do imperativo;
*estilo laboriosamente trabalhado; elegante; pesado;
*importância dada ao ritmo;

Homônimos e Parônimos



Homônimos: vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
            - Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas Ex.: 
     São: 3ª p. p. do verbo ser. - Eles são inteligentes.
     São: sadio. - O menino, felizmente, está são.
     São: forma reduzida de santo. - São José é meu santo protetor.
            - Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia diferente (heterógrafos). Ex.: 
     Cessão: ato de ceder.
     Seção ou secção: corte, subdivisão, parte de um todo
     Sessão: espaço de tempo em que se realiza uma reunião

- Parônimos: vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem no sentido. Ex.: 
     Cavaleiro: homem a cavalo
     Cavalheiro: homem gentil

Lista de Homônimos

Acender - pôr fogo a
Ascender - elevar-se, subir

Acento - inflexão de voz, tom de voz, acento
Assento - base, lugar de sentar-se

Acessório - pertences de qualquer instrumento ou máquina; que não é principal
Assessório - diz respeito a assistente, adjunto ou assessor

Aço - ferro temperado
Asso - do v. assar

Brocha - tipo de prego
Broxa - tipo de pincel

Cela - aposento de religiosos; pequeno quarto de dormir
Sela - arreio de cavalgadura

Cerra - do verbo cerrar (fechar)
Serra - instrumento cortante; montanha; do v. serrar (cortar)

Cheque - ordem de pagamento
Xeque - perigo; lance de jogo de xadrez; chefe de tribo árabe


Lista de Parônimos
Asar - guarnecer de asas
Azar - má sorte, ocasionar

Cardeal - principal; prelado; ave; planta; ponto (cardeal)
Cardial - relativo à cárdia

Cessão - ato de ceder
Sessão - tempo que dura uma assembléia
Secção ou seção - corte, divisão

Cível - relativo ao Direito Civil
Civil - polido; referente às relações dos cidadãos entre si

Comprimento - extensão
Cumprimento - ato de cumprir, saudação

Conjetura - suposição
Conjuntura - momento

Coringa - pequena vela triangular usada à proa das canoas de embono; moço de barcaça
Curinga - carta de baralho

Substantivo Coletivo



O substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie.
·         Constelação » estrelas;
·         Cáfila » camelos.
·          Alcatéia » lobos;
·         Arquipélago » ilhas;
·         Banca » examinadores, advogados;
·         Boiada » bois;
·         Discoteca » discos;
·         Enxame » abelha, insetos;
·         Esquadrilha » aviões;
·         Fauna » animais de uma região;
·         Frota » carros, ônibus;
·         Lustro » período de cinco anos;
·         Manada » bois, porcos;
·         Pinacoteca » quadros;
·         Quadrilha » ladrões;
·         Rebanho » gado, ovelhas;
·         Resma » quinhentas folhas de papel;
·         Século » período de cem anos;
·         Triênio » período de três anos; 

Sobrecomuns



"Sobrecomuns" são os substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino, não variando nem mesmo o artigo ou o adjetivo que os acompanham.
  • o algoz
  • o apóstolo
  • o carrasco
  • o cônjuge
  • a criança
  • o indivíduo
  • o monstro
  • a pessoa
  • a testemunha
  • o tipo
  • o verdugo
  • a vítima
  • a pessoa 

Substantivos Epicenos



Os "Substantivos Epicenos" ou "Promíscuos" são específicos para designar certos animais e, assim como os sobrecomuns, têm um só gênero, quer se refiram ao macho ou à fêmea. Denominam-se substantivos epicenos os nomes de animais que só têm uma forma (masculina ou feminina, não interessa – trata-se apenas de género gramatical) para designar um e outro sexo.
   
Exemplos:
  • o jacaré
  • a cobra
  • a girafa
  • a barata
  • a borboleta
  • o avestruz
  • a minhoca
  • a onça
  • o sabiá
  • o tatu
  • o tigre
  • a tainha
  • a palmeira
  • o crocodilo
  • o besouro 
  • a baleia

ACENTUAÇÃO GRÁFICA



sílaba átona (fraca)
sílaba tônica (forte)

Monossílabo: formado por uma só sílaba.
Dissílabos: formado por duas sílabas.
Trissílabos: formado por três sílabas.
Polissílabos: formado por quatro ou mais sílabas.

Oxítonos: sílaba tônica na última sílaba.
Paroxítonos: sílaba tônica na penúltima sílaba.
Proparoxítonos: sílaba tônica na antepenúltima sílaba.

Classificação das palavras quanto à acentuação:
·         Os monossílabos podem ser:

1.      Átonos (fracos): Nunca são acentuados graficamente.

2.      Tônicos (fortes): Acentuam-se os que terminam em a(s), e(s), o(s), ão(s), ã(s), os ditongos abertos ói(s), éu(s), éi(s) e as formas verbais vêm e têm.

·         Os dissílabos, trissílabos e polissílabos podem ser:

1.      Oxítonos: sílaba tônica na última sílaba.

2.      Paroxítonos: sílaba tônica na penúltima sílaba.

3.      Proparoxítonos: sílaba tônica na antepenúltima sílaba.

Por Silabas
  • proparoxítonas - são todas acentuadas. Sílaba tônica é a que leva acento. A vogal com timbre aberto é acentuada com um acento agudo, já a com timbre fechado ou nasal é acentuada com um acento circunflexo.
  • paroxítonas - Têm a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
    • i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri.
    • u, us, um, uns, on, ons: vírus, bónus / bônus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns, nêutron, prótons.
    • l, n, r, x, ps: incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter, revólver, destróier, tórax, ónix / ônix, fénix / fênix, bíceps, fórceps, Quéops.
    • ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos.
    • ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: água, árduo, pónei, cáries, mágoas, jóquei, jóqueis.
  • oxítonas - Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em:
    • a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá.
    • e, es: você, café, Urupês, jacarés.
    • o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó.
    • em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém.
  • monossílabos tónicos / tônicos - são acentuados os terminados em:
    • a, as: pá, vá, gás, Brás, cá, má.
    • e, es: pé, fé, mês, três, crê.
    • o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó, só.
  • ditongo - abertos tónicos / tônicos quando em palavras oxítonas
    • éi: anéis, fiéis, papéis
    • éu: céu, troféu, véu
    • ói: constrói, dói, herói
  • hiato - i e u nas condições:
    • sejam a segunda vogal tónica / tônica de um hiato;
    • formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba;
    • não sejam seguidas pelo dígrafo nh;
    • não forem repetidas (i-i ou u-u);
    • não sejam, quando em palavras paroxítonas, precedidas de ditongo;

Mario Quintana


Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

             Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.

(Texto escrito pelo poeta para a revista IstoÉ de 14/11/1984)

Centenário

Durante todo o ano de 2006, a vida e obra de Mario Quintana serão lembradas em uma extensa programação de eventos culturais, marcando os 100 anos de nascimento do poeta. O "Ano do Centenário de Mario Quintana" foi instituído pelo Governo do Estado, através do Decreto n.º 43.810, de 24 de maio de 2005.

            A lei também institui uma Comissão responsável pela promoção dos eventos. Presidida pelo governador Germano Rigotto, ela é integrada pelo vice-governador Antonio Hohlfeldt, pelos secretários de Cultura e da Educação e pelos diretores da Casa de Cultura Mario Quintana e do Instituto Estadual do Livro, além de representantes da Uergs, PUC e Prefeitura de Porto Alegre.

Cronologia

  • 1906 nasce Mario Quintana, no dia 30 de julho, na cidade de Alegrete (RS), filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda quintana. O avô materno, Eduardo Jorge de Miranda, e o avô paterno, Cândido Manoel de Oliveira Quintana, era médicos.
  • 1914 Freqüenta a Escola elementar mista de d. Mimi Coutinho.
  • 1915 Freqüenta a escola do professor português Antônio Cabral Beirão, concluindo o curso primário.
  • 1919 É matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato.
  • 1924 Emprega-se na Livraria do Globo, trabalhando com Mansueto Bernardi durante três meses
  • 1925 Retorna a Alegrete, onde trabalha como prático na farmácia de seu pai. * Elaborada a partir de KANTER, Suzana. Cronologia da vida e da obra de Mario Quintana. In: Mario Quintana. Autores Gaúchos, n. 6. Porto Alegre: Instituto Estadual do Livro, 1997, e de Pedro Villas-Boas In: Mario Quintana, vida e obra, de Nelson Fachinelli, Porto Alegre: Bels, 1976.
  • 1926 Falece sua mãe. É premiado em um concurso de contos do jornal Diário de Notícias com o trabalho “A sétima personagem”.
  • 1927 Falece seu pai. Um poema seu é publicado por Álvaro Moreyra na revista Para Todos, do Rio de Janeiro.
  • 1929 Ingressa na redação do jornal O Estado do Rio Grande, dirigido por Raul Pilla, em Porto Alegre
  • 1930 Colabora com a Revista do Globo, de Porto Alegre. Em outubro, alista-se como voluntário no Sétimo Batalhão de Caçadores e vai para o Rio de Janeiro, onde permanece seis meses.
  • 1934 Sua primeira tradução, do livro Palavras e sangue, de Giovanni Papini, é publicada pela Editora Globo, de Porto Alegre. Traduz ainda, entre outros autores, Marcel Proust, Guy de Maspassant, Virginia Woolf, Aldous Huxley, Somerset Maughan e Joseph Conrad.
  • 1940 Publica A rua dos cataventos, livro de sonetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre.
  • 1943 Inicia a publicação Do caderno H, na Revista Província de São Pedro.
  • 1946 Publica Canções, poemas, pela Editora Globo de Porto Alegre.
  • 1948 Publica Sapato florido, poesia e prosa, pela Editora Globo, de Porto Alegre. A mesma editora publica O batalhão das letras.
  • 1950 Publica O aprendiz de feiticeiro, poemas, pela Editora fronteira, de Porto Alegre.
  • 1951 Publica Espelho mágico, coleção de quartetos, pela Editora Globo, de Porto Alegre, com apresentação de Monteiro Lobato.
  • 1953 Publica Inéditos e esparsos pela Editora Cadernos do Extremo Sul, de Alegrete. Começa a trabalhar no jornal Correio do Povo, onde publica Do caderno H.
  • 1962 Publica Poesias, volume que reúne seus cinco livros anteriores editados pela Editora Globo e Divisão de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Sul.
  • 1965 Lançamento de um disco com poemas interpretados pelo autor.
  • 1966 Publica Antologia poética, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos pela Editora do Autor, do Rio de Janeiro. Em dezembro recebe o Prêmio Fernando Chinaglia para o “melhor livro do ano” por esta Antologia. No dia 30 de julho completa 60 anos. No dia 25 de agosto é saudado na Sessão da Academia Brasileira de Letras por  Augusto Meyer e Manuel Bandeira.
  • 1967 Recebe o título de Cidadão Honorário de Porto Alegre, conferido pela Câmara de Vereadores. Começa a publicar a seção Do caderno H no suplemento literário “Caderno de Sábado” do jornal Correio do Povo. A colaboração se estenderá até 1980.
  • 1968 É homenageado pela Prefeitura de Alegrete com uma placa em bronze onde estão inscritas suas palavras: “Um engano em bronze é um engano eterno”. Falece seu irmão mais velho, Milton.
  • 1973 Publica o livro Caderno H, com textos em prosa selecionados pelo autor para a Editora globo.
  • 1975 Publica Pé de pilão, poesia infanto-juvenil, co-edição do Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC com a Editora Garatuja e introdução de Erico Verissimo.
  • 1976 Recebe a medalha “Negrinho do Pastoreio” do Governador do Estado do Rio Grande do Sul quando completa 70 anos. Publica Apontamentos de história sobrenatural, poesia, pelo Instituto Estadual do Livro/DAC/SEC e Editora Globo. Publica Quintanares, edição-brinde de poesias, distribuída pela MPM Propaganda.
  • 1977 Publica A vaca e o hipogrifo pela Editora Garatuja, de Porto Alegre. Recebe o prêmio Pen Clube de Poesia Brasileira por seu livro Apontamentos de história sobrenatural.
  • 1978 Publica Prosa & verso, antologia paradidática, pela Editora Globo. Publica Chew me up slowly, tradução do Caderno H por Maria da Glória Bordini e Diane Grosklaus, pela Editora Globo e Riocell. Falece sua irmã Marietta Quintana Leães.
  • 1979 Publica Na volta da esquina, antologia, na coleção RBS-Editora Globo. Em Buenos Aires, publica Objetos perdidos y otros poemas, tradução de Estela dos Santos, organizado por Santiago Kovadloff.
  • 1980 Publica Esconderijos do tempo, pela L&PM Editores. Recebe o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra literária, no dia 17 de julho. Com Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e Henriqueta Lisboa, integra o sexto volume da coleção didática Para gostar de ler, da Editora Ática, de São Paulo.
  • 1981 Publica Nova antologia poética, pela Codrecri, do Rio de Janeiro. Retoma a publicação dos textos Do caderno H, no suplemento literário “Letra & Livros”, do Correio do Povo até 1984, quando o jornal encerra temporariamente suas atividades.
  • 1982 Em 29 de outubro, recebe o título de Doutor Honoris Causa, concedido pela Universidade Federal do rio Grande do Sul.
  • 1983 Publica Lili inventa o mundo, seleção de textos por Mery Weiss, pela Editora Mercado Aberto, de Porto Alegre. Na coleção Os melhores poemas, da Global Editora, de São Paulo, é publicada uma antologia com organização de Fausto Cunha. Na III Festa Nacional do Disco, em Canela (RS), é lançado o álbum duplo Antologia poética de Mario Quintana, pela Gravadora Polygram. O prédio do Hotel Majestic, tombado como patrimônio histórico do Estado em 1982,
    torna-se casa de Cultura Mario Quintana por meio de lei promulgada em 8 de julho de 1983. Nesse hotel o poeta viveu de 1968 a 1980.
  • 1984 Publica Nariz de vidro, seleção de textos de Mery Weiss, pela Editora Moderna, de São Paulo. O batalhão das letras sai em 2ª edição, pela Editora Globo. Lança O sapo amarelo, pela Editora Mercado Aberto, na XXXª Feira do Livro de Porto Alegre. Publicação de Mário Quintana. Poemas, tradução de César Calvo, em Lima, no peru, pelo Centro de Estúdios Brasileños.
  • 1985 Publicação do álbum Quintana dos 8 aos 80, Relatório da Diretoria SAMRIG 1985, com texto analítico e pesquisa de Tânia Franco Carvalhal, fotografia de Liane Neves, ilustrações de Liana Timm e projeto gráfico de Marilena Gonçalves. Lança a antologia paradidática Primavera cruza o rio, organização de Maria da gloria Bordini, Porto Alegre, Globo. Lança igualmente pela mesma editora Diário Poético e Nova Antologia Poética.
  • 1986 Patrono da XXXI Feira do Livro de Porto Alegre, em 25 de outubro, é saudado por Tânia Franco Carvalhal. Lançamento da antologia 80 anos de poesia, organizada por Tânia Franco Carvalhal para a Editora Globo (agora adquirida pelas Organizações Globo), nos 80 anos do poeta. Publica Baú de espantos, pela Editora Globo, reunião de 99 poemas inéditos (1982-86). Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
  • 1987 Publica Da Preguiça como método de trabalho, pela Editora Globo, coletânea de crônicas da seção Do caderno H, do jornal Correio do Povo. Publica Preparativos de viagem, pela Editora Globo.
  • 1988 Publica Porta giratória, pela Editora Globo, reunião de escritos em prosa.
  • 1989 Publica A cor do invisível, pela Editora Globo, e Antologia Poética de Mario Quintana, seleção de Walmir Ayala, Rio de Janeiro, Ediouro
    Recebe os títulos de Doutor Honoris Causa da Universidade de Campinas (Unicamp) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros, entre escritores de todo o país, em promoção da Academia Nilopolitana de Letras, Centro de Memórias e Dados de Nilópolis e o jornal A Voz dos Municípios Fluminenses. É o quinto poeta a receber esse título. Seus antecessores: Olavo Bilac, Alberto Oliveira, Olegário mariano e Guilherme de Almeida.
  • 1990 Publica Velório sem defunto, poemas inéditos, pela Mercado Aberto, Porto Alegre.
  • 1992 Lançamento, em edição comemorativa, de A rua dos cataventos, pela Editora da UFRGS.
  • 1993 Poemas inéditos publicados na Revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional/Departamento Nacional do Livro. Integra a antologia bilíngüe Marco Sul/Sur-Poesia, publicada pela Editora Tchê!. Seu texto Lili inventa o mundo recebe montagem para teatro infantil de Dilmar Messias. Treze de seus poemas são musicados pelo maestro Gil de Rocha Sales.
  • 1994 Publicação de Sapato furado, pela Editora FTD - antologia infanto juvenil de poemas e prosa poética, com posfácio de Sergio Faraco. Publicação de textos no número 211 da revista literária Liberté, editada em Montreal, Quebec, Canadá. Publicação pelo Instituto Estadual do Livro (RS) de Cantando o imaginário do poeta, espetáculo musical constituído de poemas musicados pelo maestro Adroaldo Cauduro e apresentado no teatro Bruno Kiefer pelo Coral da Casa de Cultura Mario
    Quintana. Falece no dia 5 de maio.

Ortoepia e Prosódia


A ortoepia é a definição de normas sobre a pronúncia de palavras de uma língua.Quando as palavras são pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia. É comum encontrarmos erros de ortoépia na linguagem popular, mais descuidada e com tendência natural para a simplificação. No entanto, é muito comum haver divergências entre a pronúncia efetivamente praticada no dia-a-dia e a prosódia recomendada pelos dicionários e gramáticas.
Podemos citar como exemplos de cacoépia:

- “guspe” em vez de cuspe.
- “adevogado” em vez de advogado.
- “estrupo” em vez de estupro.
- “cardeneta” em vez de caderneta.
- “peneu” em vez de pneu.
- “abóbra” em vez de abóbora.
- “prostar” em vez de prostrar

Como exemplo, em contextos informais (ou mesmo formais) quase todos pronunciam "duplex" (oxítona), embora "dúplex" (paroxítona) seja a prosódia indicada pela norma padrão.

São oxítonas

  • cateter
  • cister
  • ureter
  • mister
  • condor
  • ruim
  • Nobel
  • novel
  • cartel
  • menestrel
  • sutil
  • sutis

São paroxítonas

  • avaro
  • pudico
  • austero
  • juniores
  • aziago
  • tex
  • ciclope
  • recorde
  • filantropo
  • rubrica
  • ibero
  • têxtil
  • tulipa
  • gratuito
  • fortuito
  • misantropo

São proparoxítonas

  • aerólito
  • varo
  • ínterim
  • aríete
  • monólito
  • vedo
  • trânsfuga
  • ômega
  • crisântemo
  • Niágara
  • nite
  • arquétipo
  • protótipo
  • catástrofe
  • ímprobo
  • rebro
  • pretérito

Palavras que admitem dupla pronúncia

  • acróbata/acrobata
  • transístor/transistor
  • hieróglifo/hieroglifo
  • réptil/reptil
  • projétil/projetil
  • Oceânia/Oceania
  • rox/xérox
  • Azálea / Azaléia

A Prosódia (originário do grego προσωδία) é o estudo do ritmo, entonação e demais atributos correlatos na fala. Ela trata da correta acentuação tônica das palavras, tomando como padrão a língua considerada culta. Quando se comete um erro de prosódia automaticamente transforma-se uma palavra oxítona em paroxítona, ou proparoxítona em paroxítona e vice-versa.Os erros de prosódia recebem o nome de silabada.

Exemplos:

- “rúbrica” em vez de rubrica.
- “sútil” em vez de sutil.
- “côndor” em vez de condor.


1) oxítonas: cateter, cister, condor, hangar, mister, negus, Nobel, novel, recém, refém, ruim, sutil, ureter, Gibraltar, obus, novel, ureter.
2) paroxítonas: avaro, avito, barbárie, caracteres, cartomancia, ciclope, erudito, ibero, gratuito, fortuito, ônix, poliglota, pudico, rubrica, tulipa, âmbar, decano, exegese, filantropo, grácil, refrega, simulacro, têxtil, transido, maquinaria, periferia, austero, recorde, madagascar, circuito, intuito.
3) proparoxítonas: aeródromo, alcoólatra, álibi, âmago, antídoto, elétrodo, lêvedo/levedo, protótipo, arquétipo, quadrúmano, vermífugo, zéfiro, zênite, ínterim, idólatra, fac-símile, etíope, égide, cotilédones, aríete, âmago, amálgama, bímano, bávaro, bólido, chávena, cânhamo, êmbolo, plêiades, aerólito, trânsfuga.
·         Há algumas palavras cujo acento prosódico é incerto, oscilante, mesmo na língua culta.
Exemplos:
acrobata e acróbata / crisântemo e crisantemo/ Oceânia e Oceania/ réptil e reptil/ xerox e xérox e outras.
·         Outras assumem significados diferentes, de acordo a acentuação:
Exemplo: valido/ válido
Vivido /Vívido
·         Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua atual.
acrobata - acróbata
réptil - reptil
Bálcãs - Balcãs
xerox - xérox
projétil - projetil
zangão - zângão